Literatura agregada à tecnologia: O Humanismo Português através de um olhar contemporâneo


BOTTICELLI, Sandro. La Nascita di Venere, 1483-1485. Têmpera sobre tela, 172,5 cm x 278,5 cm. Galleria degli Uffizi, Florença, Itália.

 1. Introdução

     Sabemos que a tecnologia está atingindo patamares nunca antes alcançados e que, para mantermos compasso, devemos nos atentar em como podemos conciliar o ensino de matérias escolares - até mesmo o conhecimento de forma geral - com o avanço das plataformas digitais que, a todo instante, estão surgindo no meio virtual.
     Iremos definir, de forma abrangente, mídias digitais nas quais podemos nos apoiar para obter o saber sobre determinado assunto, dando exemplos factíveis de uso.
     Esmiuçaremos, a seguir, o Zoom - uma plataforma que teve vasta ascensão em popularidade no primeiro semestre de 2020 (por conta da assoladora pandemia do Sars-CoV-2) -, suas devidas funcionalidades e também iremos definir seu uso para o ensino.
     Estabeleceremos, pormenorizadamente, a base do tema de estudo literário após o nosso meio de comunicação digital ter seu conteúdo depreendido pelo leitor.
     Incluiremos uma atividade didático-pedagógica (e a sua metodologia) sobre o tema proposto ao final do trabalho.


1.1 Mídias Tecnologicamente Veiculadas

     Entender a difusão de meios alternativos de ensino - neste caso virtual/remoto/tecnologicamente veiculado - será fundamental para reconhecer o ecossistema formado (e em constante formação) no meio digital. No que podemos abranger sobre a esfera virtual e o ensino, existem vários tipos de sites, programas, aplicativos para celular, enfim, tudo que o usuário queira utilizar para atingir um objetivo específico (desde que obtenha os requisitos necessários para utilização - como, por exemplo, a capacidade do celular ou computador para suportar o aplicativo, site, jogo, etc).
     Vamos explicitar nosso estudo através dos sites. Existe uma infinidade de sites que disponibilizam a possibilidade de criarmos jogos de perguntas e respostas de forma bem simples, os quais podemos destacar:
     Vamos levar em consideração este último para criarmos nosso quiz. Será necessário preencher com data de nascimento e nome de usuário (podemos vincular com o E-mail do Google). Após esse procedimento, é só ir em "Create Kahoot" e você tem na palma das mãos a possibilidade de customização do seu quiz.
     Quiz criado sobre o tema do Humanismo: https://create.kahoot.it/share/quiz-humanista/ec598700-751f-487c-a076-1b63b1664101
     Vinculado ao tema, localizamos o site "Racha Cuca", que possui uma breve explicação sobre o Humanismo e, logo a seguir, fornece duas questões sobre o assunto tratado.
Link para conferência: https://rachacuca.com.br/educacao/literatura/humanismo/
     Além desse tema, o site apresenta vários outros temas que vão desde conhecimentos gerais até assuntos relevantes para o aluno que quer prestar vestibular.
     O site NOAS (https://www.noas.com.br) possui jogos animados e interativos para crianças e adolescentes. Há toda a sorte de matérias abordadas na sala de aula que percorre desde a educação infantil, passando pelo ensino fundamental e vai até ao médio. Para o ensino superior temos disponíveis os temas de astronomia, biologia, física, matemática e química. Apesar de não haver nada relacionado a Letras para o ensino superior, temos que dar o mérito dessa mídia virtual.

     Obs.: Cabe mencionar que o surgimento dos jogos educativos se deu no Renascimento, jogos de todos os tipos - que na era medieval eram abominados - ressurgiram, se incorporando novamente ao cotidiano das pessoas e também como um material pedagógico no ensino.


 1.2 - O Zoom

     O protagonista do nosso trabalho será o programa de videoconferência Zoom. Ele possui diversas ferramentas muito interessantes, pois tem particularidades dignas da nossa atenção.
     De fácil instalação, o programa tem como objetivo o acesso remoto para a comunicação interpessoal com algum intuito - seja para uma reunião de trabalho, uma aula, uma palestra, enfim, algum evento que mereça ser presenciado. Neste trabalho iremos destacar o objetivo voltado para o ensino remoto.
     Se você possui os recursos necessários - um computador, um microfone e uma webcam - você terá como manusear a maioria das funcionalidades do Zoom que discriminaremos a seguir.
     Nas "Configurações" será possível ajustar a maioria das funcionalidades. Na aba "Vídeo" você tem a possibilidade de (além de selecionar sua câmera) escolher se prefere:
  • Habilitar a função HD do seu vídeo (porém, como consequência disso, você terá que utilizar mais banda de internet para enviar seu vídeo para os participantes, podendo causar lentidão na hora da reunião);
  • Habilitar o efeito espelho (caso a sua câmera mostre o vídeo ao contrário e você queira mostrar algo na câmera da forma mais inteligível possível);
  • Destacar seu vídeo quando estiver falando;
  • Ocultar participantes sem vídeo;
  • Exibir nomes dos participantes em seus vídeos.
     Aba "Vídeo", nas configurações do Zoom.
     Na aba "Plano de fundo virtual", caso você tenha um fundo do vídeo monocromático que se destaque da roupa que esteja usando, poderá selecionar um plano de fundo virtual, alterando-o para qualquer plano de fundo que seja de sua escolha (é possível até mesmo adicionar imagens, aumentando a chance da personalização do ambiente da reunião).


Exemplo de fundo de vídeo monocromático (sólido), preferenciamente da cor verde.

     É possível, também, gravar sua reunião na aba "Gravando". O arquivo ficará disponível no seu computador ou, caso o usuário prefira, na nuvem.
     Agora, durante a reunião, você terá a possibilidade de compartilhar qualquer informação que esteja no seu computador. Abaixo do vídeo do anfitrião, há o botão "Compartilhar", que permite mostrar para os convidados da reunião alguns tipos de variação de telas (a tela em branco também é uma opção, como se fosse um quadro negro, podendo escrever o que melhor lhe aprouver, inserindo textos, imagens, figuras, desenho livre, etc) e/ou qualquer aplicação que esteja rodando no seu computador no momento. Caso queira permitir/desabilitar as anotações dos participantes também é possível, alterando conforme preferência na aba "Mais" embaixo do vídeo do anfitrião.


Compartilhamento de telas (screensharing)
     É possível também, na aba "Mais", selecionar a opção para disponibilizar o áudio do pc do anfitrião para os convidados, caso, por exemplo, precise mostrar algum conteúdo audiovisual.
     A função habilitar/desabilitar microfone de todos também está disponível no programa.   
     Em suma, as possibilidades para o professor dar sua aula através do Zoom é enorme. O professor é capaz de explanar qualquer tema que queira e utilizar seu plano de aula conforme suas expectativas. Nós, por exemplo, fizemos o estudo da Escola Literária do Humanismo e o seu autor mais famoso, Gil Vicente, conforme dissecaremos os temas abaixo.


 1.3 - O Humanismo em Portugal

     O Humanismo é uma escola literária de transição entre a Idade Média (Trovadorismo) e o Renascimento (Classicismo). É reconhecido como um processo de transformação, ou melhor, uma escola literária de transição entre os dois períodos acima citados. Surgiu na Itália no século XV, diferentemente do período anterior (Trovadorismo), onde Deus era o centro das coisas (Teocentrismo), no humanismo o homem que é o centro (Antropocentrismo).
     Deve-se compor, para fins didáticos, os remanescentes momentos do Trovadorismo:
     O Trovadorismo (final do século XIV), estava quase desaparecido como instituição palaciana; a sua técnica passa por um grande refinamento. Predominam agora as rimas consoantes, os esquemas métricos regulares (uma estruturação mais complexa), amplia-se o vocabulário e os temas passam a ser diversos. É aí que surge a Poesia Palaciana no século XV, pré-renascentista, já bem mais artísticamente elaborada que a inicial, e que está recolhida no Cancioneiro Geral, organizado por Garcia de Rezende.
     Podemos agora definir as principais características do humanismo, que foram:
  • O Antropocentrismo (há a ênfase na valorização do ser humano);
  • O surgimento da burguesia (os comerciantes começaram a competir com os nobres e ganharam importância na sociedade);
  • O afastamento dos dogmas (contestação do que é imposto como inquestionável pela religião cristã);
  • A valorização de debates e opiniões divergentes (oposição de opiniões);
  • A valorização do racionalismo e do método científico (a razão vira o centro de tudo e o incentivo à experimentação, o empirismo começa a se tornar importante).
     Os principais autores do humanismo foram:
  • Francesco Petrarca;
  • Giovanni Boccaccio;
  • Michel de Montaigne;
  • Thomas More;
  • Gil Vicente.
     Os gêneros mais explorados no humanismo eram:
  • A Poesia Palaciana (produzidas em palácios pelos nobres). Citemos Juan del Encina, que, em sua Arte de la Poesia Castellana, reafirma esse estatuto superior da poesia ao explicar que "os poetas de corte conseguiram atingir tal grau de perfeição em relação aos trovadores medievais". Por isso, Encina comparava os trovadores aos pedreiros quase iletrados e os poetas aos geômetras, que possuíam além da inspiração divina, a ciência do trabalho poético. Vejamos, através de exemplos, como é a estrutura e a forma de uma poesia deste nicho:

Meu Amor, Tanto Vos Amo

Meu amor, tanto vos amo,
que meu desejo não ousa
desejar nenhuma cousa.
Porque, se a desejasse,
logo a esperaria;
e, se eu a esperasse,
sei que vos anojaria.
Mil vezes a morte chamo,
e meu desejo não ousa
desejar-me outra cousa.


Conde Vimioso


Meu Amor Tanto Vos Quero

Meu amor tanto vos quero,
que deseja o coração
mil cousas contra a razão.
Porque, se vos não quisesse,
como poderia ter
desejo que me viesse
do que nunca pode ser?
Mas conquanto desespero,
e em mim tanta afeição,
que deseja o coração.


Aires Teles


De Pungentes Estimulos Ferido

"De pungentes estimulos ferido
O Regedor dos ceos e humilde terra,
Sôbre ti manda, desastrada Lysia,
Effeitos da sua íra.

A peste armada destruir teu povo
A um seu leve aceno vôa logo:
Estraga, fere, mata sanguinosa,
Despiedada e crua.

Despenhada no abysmo da ruina,
Fugir pretendes aos accesos raios,
Qual horrida phantasma, porém logo
Desfallecida cahes.

O açoute do Ceo lamenta, ó Lysia,
Mas inda muito mais os teus errores
Que provocar fizerão contra ti
Contagião mortal.

Dos Ceos apagar cuida a justa sanha
Da penitencia com as bastas ágoas,
Ja que revel e surda te mostraste

A seus mudos avisos.
Então verás ornada a nobre frente,
Como nos priscos tempos que passárão,
De esclarecidos louros, sinal certo
De teus almos triumphos.
(Aires Teles)
Cantiga Sua Partindo-se
Senhora, partem tão tristes
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
Tão tristes, tão saudosos,
tão doentes da partida,
tão cansados, tão chorosos,
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.
Partem tão tristes os tristes,
tão fora d’esperar bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
"



João Roiz de Castelo Branco


Outra Esparsa Sua

"D’esperança em esperança
pouco a pouco me levou
grand’engano ou confiança,
que me tão longe leixou.

Se m’isto tomara outrora,

cuidara de ver-lhe fim,
mas qu’hei de cuidar j’agora
sem esperança, e sem mim?"


Bernardim Ribeiro



Vilancete Seu

"Antre mim mesmo e mim
não sei que s’alevantou,
que tão meu imigo sou.

Uns tempos com grand’engano

vivi eu mesmo comigo,
agora no mor perigo
se me descobre o mor dano.
Caro custa um desengano,
e pois m’e não matou
quão caro que me custou

De mim me sou feito alheio,

antr’o cuidado e cuidado
está um mal derramado,
que por mal grande me veio.
Nova dor, novo receio
foi este que me tomou,
assi me tem, ass estou."


Bernardim Ribeiro




  • A Crônica Histórica, que teve seu início na Idade Média (Trovadorismo) com os Cronicões, atingindo seu apogeu com o movimento humanista, sobretudo com as obras do escritor português Fernão Lopes;
  • O Teatro Popular (tinha como objetivo moralizar e criticar a sociedade).


O Monólogo do vaqueiro, como teria sido representado pelo próprio Gil Vicente, de acordo com a visão do pintor Roque Gameiro.

     No Humanismo houve o surgimento das poesias palacianas, ou seja, produzida dentro dos palácios. Eram escritas por nobres que retratavam os usos e costumes da corte. Dentro desse contexto pode-se citar Fernão Lopes (1390-1460), que foi um dos primeiros escritores humanistas de Portugal, ele foi nomeado cronista-mor da Torre do Tombo (1418), dentro dessa função, ele escreve crônicas dentro das idéias do palácio (corte). Fernão Lopes é o maior representante da prosa historiográfica  humanista e fundador da historiografia portuguesa, tendo escrito:
  • Crônica de El Rei D.Pedro I;
  • Crônica de El Rei D. Fernando;
  • Crônica de El Rei D. João I.
     Garcia de Resende (1470-1536), também foi um marco na poesia palaciana, com a obra Cancioneiro Geral.
     Gil Vicente (1465-1536) foi o principal protagonista do Humanismo em Portugal, considerado  “o pai do teatro português”, escreveu os autos e as farsas, podendo se citar:
  • Auto da barca do inferno (1516);

  • Farsa de Inês Pereira (1523), que é um gênero voltado para o cômico.


     São atribuídas ao dramaturgo lusitano mais de quarenta peças, algumas em espanhol e muitas em português, onde criticava impiedosamente toda a sociedade de seu tempo. O valor do teatro vicentino encontra-se na sátira, muitas vezes agressiva, contrabalançada pelo pensamento oriundo da religiosidade cristã predominante na época. Sua obra é rica pela universalidade dos temas e pelo lirismo poético que soube colocar na arte, em plena atmosfera renascentista.
     Um ponto importante no que se pode concernir sobre o movimento literário do Humanismo e a época do Renascimento é que, segundo Agnes Heller, "umas das características do "Humanismo" renascentista vem a ser a possibilidade de sua existência  ocorrer como algo separado e distinto da estrutura social e das realidades da vida quotidiana."
     Ou seja, o Humanismo literário poderia muito bem existir socialmente independente do Renascimento - seria autêntico em qualquer momento histórico, invariável.
     O Humanismo foi um período bem pontual na história literária, visto que foi um período importante de transformação e transição entre idade média (Trovadorismo) e renascimento (Classicismo) , o Humanismo é o gancho entre esses dois períodos.


Vídeo explicando sobre o período do
Humanismo em Portugal.


 1.4 - Gil Vicente

     Gil Vicente foi um poeta e dramaturgo português. Nasceu na cidade de Guimarães (Portugal) em 1466 e morreu em 1536. Foi casado com Branca Bezerra, com quem teve dois filhos, Gaspar Vicente e Belchior Vicente. Viúvo, voltou a se casar. Da relação com Melicia Rodrigues, nasceram Paula Vicente, Luís Vicente e Valéria Borges. Era muito próximo da corte portuguesa, principalmente da rainha D. Maria.
     É considerado por muitos estudiosos como o pioneiro do teatro português. Sua obra mais conhecida é “A Farsa de Inês Pereira”.
     Suas obras marcam a fase histórica da passagem da Idade Média para o Renascimento (século XVI).
     O autor produzia textos do gênero dramático, textos que deveriam ser representados. Suas peças passam a ser representadas em um palco (novidade no teatro português). Gil Vicente introduz também o uso de cenário nas apresentações.
     A linguagem apresentada por ele tem um certo coloquialismo, o autor busca ser fiel aos falantes de cada origem, retratando assim os diferentes falares e as diferenças sociais. Com isso, mistura o popular, o arcaico, o moderno e o elitizado.
     Era observador da realidade. Fazia críticas impiedosas a todas as camadas sociais da sociedade portuguesa da época.
     Gil Vicente fazia rupturas com a linearidade do tempo (ordem cronológica).
     Não tinha preocupação com a verossimilhança, ou seja, não havia a preocupação com a aproximação coerente da verdade.
     Não fazia marcação de conflitos íntimos ou dramas internos nas peças. Suas obras eram ricas pela universalidade dos temas e pelo lirismo poético utilizado em plena atmosfera humanista.
     Utilizava temas não relacionados exclusivamente ao universo cristão, que era muito presente entre os escritores portugueses dos séculos XV e XVI, criticava os comportamentos e costumes da época.
     O teatro de Gil Vicente mostra o bifrontismo da época, ou seja, a convivência de resíduos medievais, que apresentavam antecipações renascentistas. A propagação da cultura clássica e do pensamento científico confrontou-se com a intolerância religiosa, onde na metade do século XVI, impôs uma censura bruta.
     Não se pode duvidar da posição religiosa do dramaturgo, pois ele nunca colocou em dúvida a verdade da fé cristã. Com isso ele acabou se afastando da reforma luterana e mostrou uma visão conservadora, teocêntrica e medieval, tanto da sociedade como da vida, realizando assim uma passagem para o Renascimento.


DISTRIBUIÇÃO CRONOLÓGICA DE SUAS OBRAS:

  • Monólogo do Vaqueiro ou Auto da Visitação (1502);
  • Auto Pastoril Castelhano (1502);
  • Auto dos Reis Magos (1503);
  • Auto de São Martinho (1504);
  • Quem tem farelos? (1505);
  • Auto da Alma (1508);
  • Auto da Índia (1509);
  • O Velho da Horta (1512);
  • Exortação da Guerra (1513);
  • Comédia do Viúvo (1514);
  • Auto da Fama (1516);
  • Auto da Barca do Inferno (1517);
  • Auto da Barca do Pulgatório (1518);
  • Auto da Barca da Glória (1519);
  • Cortes de Júpiter (1524);
  • Comédia de Rubena (1521);
  • Farsa de Inês Pereira (1523);
  • Auto Pastoril Português (1523);
  • Frágua de Amor (1524);
  • Farsa do Juíz da Beira (1525);
  • Farsa do Tempo de Apolo (1526);
  • Auto da Nau de Amores (1527);
  • Tragicomédia Pastoril da Serra da Estrela (1527);
  • Farsa do Clégiro da Beira (1529);
  • Auto do Triunfo do Inverno (1529);
  • Auto da Lusitânia, intercalado com o entremez Todo-o-mundo e ninguém (1532);
  • Auto de Amadis de Goula (1533);
  • Auto da Cananea (1534);
  • Auto de Mofina Mendes (1534);
  • Floresta de Enganos (1536).


 2. Objetivos 

     Aproximar o professor e o aluno de um ambiente oportuno com um extenso conjunto de informações disponíveis na web, tornando-os cada vez mais discernidores do que possui real relevância para o seu progresso como ser social, levando em conta ferramentas criativas, quiçá inusitadas, agindo de forma a perpetuar o compartilhamento e a absorção do conhecimento como e quando for apropriado.


 3. Justificativa

     A intencionalidade do nosso projeto está ligada com a melhora do desempenho e do desenvolvimento geral do aluno através das novas tecnologias, incentivando-o a manusear de forma proativa os recursos digitais disponíveis. Educador e educando que, com o interesse em comum de conhecer sobre o assunto trabalhado, terão a oportunidade de atingir um panorama gradativamente mais assertivo e eficaz para a ação do ensino através das formas digitais, alterando de forma positiva sua percepção pela tecnologia.


 4. Metodologia

     Esta atividade didática pedagógica foi elaborada com o intuito de incentivar os estudantes à leitura da literatura portuguesa, uma maneira de obter o conhecimento enciclopédico através de textos escritos por poetas escritores e dramaturgos para conhecimento de uma das classes literárias chamada Humanismo.
     Nosso conteúdo de estudo será um texto sobre uma das obras de Gil Vicente.
     A metodologia usada nessa atividade: 
     Nossa atividade propõe que os alunos façam uma leitura de um dos textos mais interessantes do Humanismo: AUTO DA LUSITÂNIA.
     Os alunos lerão os comentários sobre a peça Auto da Lusitânia, e em seguida um fragmento denominado "Todo Mundo e Ninguém".
     Será solicitado aos estudantes que façam a leitura do texto em grupos de quatro alunos, uma vez que quatro são os personagens da peça: Ninguém, Todo Mundo, Dinato, Belzebu. 
     É um texto curto de fácil compreensão e interessante.


        Apêndice A - Questionários


1) No fragmento do Auto da Lusitânia, o autor utiliza um recurso estilístico que consiste no emprego de vocábulos antônimos, estabelecendo contrastes como " vida/morte", louvado/repreendido e outros. No fragmento de "Ode triunfal" ocorre um outro recurso de estilo que consiste na invocação de seres reais ou imaginários,animados ou inanimados, vivos ou mortos, presentes ou ausentes como "ó rodas, ó grandes ruídos modernos" e outros. Esses recursos estilísticos são conhecidos, respectivamente como:

a) eufemismo e onomatopeia
b) eufemismo e apóstrofe 
c) antítese e apóstrofe 
d) antítese e eufemismo 
e) antítese e onomatopeia

2) Na cena da farsa Auto da Lusitânia atuam os personagens Todo Mundo e Ninguém,e, intercaladamente, Belzebu e Dinato. Os diálogos entre estes dois últimos estabelecem uma ambiguidade semântica com respeito com respeito aos dois primeiros. Releia o texto e responda:

a) Qual personagem se responsabiliza diretamente por promover a ambiguidade?


b) Explique a ambiguidade que adquirem os nomes Todo Mundo e Ninguém.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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<https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/humanismo-literatura-portuguesa/32105>. Acesso em: 12 de mai. de 2020, às 23:42
MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa através dos textos. 32ª ed. São Paulo: Cultrix, 2006.
<https://www.todoestudo.com.br/literatura/poesia-palaciana>. Acesso em: 18 de maio de 2020, às 22:00.
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SHIBATA, Ricardo Hiroyuki. Literatura Ético-Política e Humanismo em Portugal - De D. Pedro, duque de Coimbra, às epístolas em verso de Sá de Miranda. Campinas, UNICAMP, 2005.
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Gil_Vicente#/media/Ficheiro:Gil_Vicente_(1882)_-_Ant%C3%B3nio_Nunes_Junior_(Pa%C3%A7os_do_Concelho_de_Lisboa).png>. Acesso em: 19 de maio de 2020, às 16:18.
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<https://pt.wikipedia.org/wiki/Jogos_educacionais>. Acesso em: 19 de maio de 2020, às 20:50.





Adriana De Oliveira A. Minas | R.A. T9158F0
Beatriz Christine Moreira | R.A. F016064
Cláudio Adriano Da Costa | R.A. F03FJJ3
Cristina Nunes Takeda | R.A. N495HC4
Oliver Gadioli Cursino | R.A. N534451

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