O QUE É MORFOSSINTAXE?
O QUE É MORFOSSINTAXE?
No
processo de exercer a linguagem, o falante utiliza de regras internalizadas em
si e passa a se expressar baseando-se nessas regras. E graças a elas ele é
capaz de ouvir e formar frases e textos que ele possa reconhecer como “bem
formadas”.
O
objetivo da morfossintaxe é estudar os conceitos que estruturam essa bagagem
interna, que apesar de muito usado pelo falante, dificilmente sabem ser
explicadas pelo próprio.
DUPLA ARTICULAÇÃO
Segundo
Martinet (1961) ao descrever a língua, reconhecemos os dois planos da estrutura
linguística: a primeira articulação ou plano de conteúdo, unidade
significativa correspondendo ao léxico gramatical e a segunda articulação ou
plano de expressão, da unidade não significativa.
Vamos
aplicar a ideia de dupla articulação na frase “Eu corri muito”, nela há
presença de fonemas, palavras, silabas, morfemas entre outras divisões
linguísticas. Podemos identificar as palavras e morfemas como unidades
pertencentes a primeira articulação, já que possuem significado. Enquanto as
silabas e fonemas não possuem significado, e por isso fazem parte da segunda
articulação. A primeira articulação abriga unidades como preposições, palavras,
raízes, afixos. Já a segunda articulação é responsável por unidades que não possuem
sentido como fonemas, silabas, acentos.
EIXO SINTAGMÁTICO E PARADIGMÁTICO
Eixo
sintagmático
Eixo paradigmático
A |
garota |
andou |
na |
calçada |
Os |
meninos |
brincaram |
no |
Parque |
Um |
gato |
subiu |
no |
telhado |
Na
linha vertical da tabela vemos as palavras que podem formar a frase de acordo
com nosso desejo ou necessidade, é isso que que torna o paradigmático o da
possibilidade de escolha. Já na linha horizontal, temos o eixo sintagmático que
se apoia na escolha de artigo do eixo vertical para construir uma frase “bem
formada”, esse é o eixo da combinação. Assim podemos perceber o quanto é
importante que os eixos trabalhem em conjunto para que o falante forme
discursos gramaticalmente corretos.
Essas
combinações são formadas por unidades mínimas do plano de conteúdo para formar
palavras e frases. Um exemplo de como essas unidades e combinações funcionam:
na palavra “garota” há o radical “garot” e a terminação “a” como unidades
significativas ou morfemas.
Para encerrar
esse capitulo, vamos relembrar o que são morfemas e fonemas. Existem mais de um
tipo de morfemas e fonemas, mas vamos falar sobre isso na próxima aula. De modo
geral, um morfema é a menor partícula com significado em uma palavra, e se
reunido a um radical pode ganhar novo significado. Já o fonema é a
representação sonora de uma letra na palavra e não possui significado.
Até a próxima!
BIBLIOGRAFIA
https://en.wikipedia.org/wiki/Double_articulation
https://www.portugues.com.br/gramatica/classificacao-dos-fonemas-digrafos-.html
https://www.estudopratico.com.br/morfemas-exemplos-tipos/
MARTINET, André. Elementos de linguística geral, 1961
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